sábado, 7 de maio de 2011

CINEMA NACIONAL - PARTE 06

A BRUXA DE BLAIR 2 - O LIVRO DAS SOMBRAS

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SEO CHICO - UM RETRATO


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E.T. - O EXTRATERRESTRE


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A ANTROPÓLOGA


COMENTÁRIO: É difícil falar do cinema catarinense recente, pois até hoje nunca vi um bom filme feito por aqui. E A Antropóloga não muda isso.
O filme do diretor Zeca Pires (do infame Procuradas) conta a história de Malu (Larissa Bracher, em intrepretação digna), uma pesquisadora que vem dos Açores para a Costa da Lagoa, em Florianópolis. Lá, ela se depara com o misticismo local, e vê suas crenças cartesianas serem demolidas pelas evidências de que bruxas existem. Inclusive, uma delas está possuindo a alma de uma garotinha.
Infelizmente a história toda é contada de forma quadrada e brega (a trilha sonora é até razoável, mas muito mal utilizada, o que reforça a cafonice de várias sequências).
A quantidade de sustos falsos é imensa (o vento aumenta, a música sobe... e era apenas um gato, uma porta, um pássaro, etc).
A tentativa de criação de um núcleo cômico (um grupo de góticos) também falha. Apesar dos atores bem entrosados,as situações propostas pelo roteiro não tem graça nenhuma.
É louvável que alguém se proponha a fazer um filme de suspense, gênero pouco explorado no cinema brasileiro.
Mas nada funciona se o público estiver sedado por sustinhos de mentira e for exposto à um clímax que não existe. O confronto de Malu com a bruxa é uma das coisas mais frustrantes que já vi.
Devo citar ainda a horrorosa “homenagem” a E.T. – O Extraterreste.
E ainda temos o epílogo, preenchido por um longo número de... sapateado (?).

Este post contou com a colaboração de Igor Lima e Renato Turnes.

Um comentário:

  1. Ainda bem que temos Mojica. Fico imaginando que ele não se furtaria a mostrar um sabá das bruxas dantesco,transgressivo, grotesco e sexual... ao invés da proteção segura da distância e das sombras. Indeciso e seguro: são adjetivos que não combinam com terror.

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