segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

OS PIORES FILMES DE 2013

Que ESTREARAM NO BRASIL em 2013...

Nem vi 10 filmes realmente do gênero "não veja isso". Segue a lista que se encaixa nesta categoria.

08 - GUERRA MUNDIAL Z (Marc Foster)
O filme de zumbis mais asséptico de todos os tempos. Não tem sangue. Até "Deu a Louca nos Monstros" é mais violento.

07 -TRUQUE DE MESTRE (Louis Leterrier)
Tem tantas reviravoltas inacreditáveis que acabam destruindo qualquer empatia com a história.

06 - CHAMADA DE EMERGÊNCIA (Brad Anderson)
Vai bem na primeira hora. Depois vai privada abaixo.

05 - MINHA MÃE É UMA PEÇA (André Pellenz)
Paulo Gustavo é ótimo. Como cinema, a produção é uma vergonha.

04 - CAÇA AOS GANGSTERS (Ruben Fleischer)
A prova de que um elenco incrível não pode salvar um filme.

03 - O VOO (Robert Zemeckis)
Mais moralista que as minisséries bíblicas da Record.

02 - SOMOS TÃO JOVENS (Antonio Carlos da Fontoura)
A vida de Renato Russo com censura 10 anos.

01 - CARRIE - A ESTRANHA (Kimberly Peirce)
Troféu 2013 na categoria "Why, God... Why?????" Tão desnecessário quanto a Fanta maracujá.

MENÇÃO HONROSA (por motivos diversos... incluindo motivos do coração)

SHARKNADO (Anthony C. Ferrante)






quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

OS MELHORES FILMES DE 2013

Que ESTREARAM NO BRASIL em 2013...

10 - ANTES DA MEIA-NOITE (Richard Linklater)
Mais um momento da vida dos personagens vividos por Ethan Hawke e Julie Delpy. Precisa mesmo mais 10 anos para o próximo?

09 - MUITO BARULHO POR NADA (Joss Whedon)
O diretor de "Os Vingadores" cria uma versão contemporânea e deliciosa do clássico de Shakespeare. Pena que quase ninguém viu.

08 - CAPITÃO PHILLIPS (Paul Greengrass)
Tom Hanks tem a sua melhor performance em muito tempo nas mãos de Greengrass.

07 - FAROESTE CABOCLO (René Sampaio)
A versão para as telas da música do Legião Urbana mostrou-se, ao contrário do asséptico "Somos Tão Jovens", cinema de verdade.

06 - A CAÇA (Thomas Vinterberg)
Um drama impressionante sobre um homem acusado injustamente. Madds Mikkelsen tem uma das melhores interpretações dos últimos tempos.

05 - TATUAGEM (Hilton Lacerda)
Um filme imperdível sobre amor e liberdade. E é também um musical!

04 - GRAVIDADE (Alfonso Cuarón)
Assim como Scorsese em "A Invenção de Hugo Cabret", Cuarón mostra que o 3D pode ser usado com fins realmente relevantes. O filme mais tenso e sufocante do ano.

03 - BLUE JASMINE (Woody Allen)
Woody Allen (e a gente) se diverte com Tenessee Williams e Cate Blanchett pode ganhar seu segundo Oscar. E é isso.

02 - DJANGO LIVRE (Quentin Tarantino)
O faroeste de Tarantino dividiu opiniões e gerou muita polêmica. Eu acho um filmaço! E ainda nos brindou com o personagem de Samuel . Jackson, um daqueles que amamos MUITO odiar.

01- AMOR (Michael Haneke)
Um filme incrível. Lindo, com interpretações magníficas, e doído como poucos. Não pretendo ver de novo tão cedo. Talvez nunca mais...

MENÇÃO HONROSA (por motivos diversos... incluindo motivos do coração)

SHARKNADO (Anthony C. Ferrante)



quinta-feira, 11 de julho de 2013

AVENTURA - PARTE 45

SUPERMAN II
+

ALIENS - RESGATE
+

OS VINGADORES
+

A ÁRVORE DA VIDA
+

TRANSFORMERS - A VINGANÇA DOS DERROTADOS
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O HOMEM DE AÇO

CRÍTICA: A briga entre as editoras Marvel e DC parecia ganha. Enquanto a primeira está consolidada com o sucesso de Homem de Ferro, Thor e Os Vingadores, a segunda (tirando a prestigiosa e rentável franquia Batman) solta uma bomba atrás da outra: Mulher-Gato e Lanterna Verde são horríveis. E tem Superman - O Retorno, tentativa de 2006 para trazer o herói de volta às telas. Apesar de ser uma bela homenagem aos filmes clássicos, a produção não agradou pela falta de ação e de carisma do novato Brendan Routh. Agora temos a nova tentativa da Warner Bros: O Homem de Aço.
A trama reconta as origens do herói desde a destruição de Kripton. Já na Terra, Kal-El (Henry Cavill, de Imortais) vaga errante tentando encontrar seu lugar entre a humanidade. Quando a ameaça do General Zod (Michael Shannon, da série Boardwalk Empire) coloca o planeta todo em risco, o herói precisa escolher entre a raça humana e a sua própria.
O diretor Zack Snider (de 300 e Watchmen) contou com a consultoria de Christopher Nolan (diretor dos recentes filmes do Batman) para tornar seu filme mais "realista". A opção mostrou-se feliz, uma vez que todos os detalhes que explicam coisas curiosas (porque ele consegue voar, por exemplo) tornam todo o universo do herói mais palpável e verossímil.
A escolha do elenco mostrou-se também muito acertada. Cavill É o Superman. Sua interpretação dá a Kal-El integridade e força, além de nuances dramáticas que tornam o herói mais... humano.
Shannon se esbalda com um vilão que tem motivações de verdade, tornando Zod algo mais do que "um louco que quer explodir tudo".
Também sobram bons momentos para Amy Adams (de Os Muppets) como um esperta e intrépida Lois Lane, Russell Crowe (Gladiador) como o Jor-El e Diane Lane (Noites de Tormenta) como Martha Kent.
Surpreendente é a sensível e delicada interpretação de Kevin Costner (Dança com Lobos) como Jonathan Kent, o pai terráqueo do Superman e que protagoniza algumas das cenas mais emocionantes da produção.
Um dos grandes trunfos do roteiro é sua abordagem intimista e delicada dos conflitos de Kal-El e suas dúvidas sobre qual caminho tomar, com os primeiros dois terços do filme desenvolvendo a situação de maneira sensível.
Não que o filme padeça de falta de ação. O filme tem MUITA ação, presente desde a primeira cena.
Aí chega o terceiro ato, e a coisa perde um pouco a mão. Temerosos da acusação de "falta de ação" que caiu sobre Superman - O Retorno, os produtores aparentemente resolveram ir pelo caminho inverso no clímax da aventura.
Claro que uma grande destruição é justificada. Afinal, estamos falando de deuses na Terra, criaturas com força descomunal se enfrentando e acabando com tudo que vêem pela frente.
O problema é quando a ação atinge um patamar tão absurdamente grande que não existe mais para onde ir. Quando este momento chega, a sensação é de uma espécie de "anestesia" que prejudica a emoção da batalha.
Um defeito perdoável quando percebemos que Superman encontrou, aparentemente, o caminho certo.
Releve algumas mudanças da mitologia oficial do herói e curta uma aventura empolgante e emocionante.
Depois é só aguardar pela já prometida sequência e pelo esperadíssimo filme da Liga da Justiça, que pretende unificar o universo da DC como Os Vingadores fez pela Marvel.
Aí sim a briga vai ser boa.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

ANIMAÇÃO - PARTE 26

AUSTIN POWERS
+

NACHO LIBRE
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MEU MALVADO FAVORITO 2

CRÍTICA: Meu Malvado Favorito foi um surpreendente sucesso em 2010, contando a história de um perigoso vilão que adota três meninas e se descobre um ótimo e amoroso pai. Era questão de tempo, então, que a história ganhasse uma sequência.
Em Meu Malvado Favorito 2 o vilão Gru é cooptado pela Agência Anti-Vilões para ajudar na recuperação de um poderoso soro que, nas mãos erradas, pode destruir o mundo. Agora, na companhia da animada agente Lucy, Gru vai se meter numa grande confusão para realizar e sua missão e (quem sabe) encontrar o amor.
O colorido do original continua presente, e o visual do filme vai deixar as crianças maluquinhas. Todo o design da produção é divertido e incomum, abusando de formas arredondadas e fisicamente impossíveis.
A dublagem nacional continua contando com Leandro Hassum (Gru) e ainda agrega o talento vocal de maria Clara Gueiros (Lucy) e Sidney Magal (o misterioso Eduardo). Os três, que realizaram dublagens anteriores, estão à vontade e divertem bastante (principalmente Magal e seu sotaque mexicano "caliente").
Mas mesmo que os personagens antigos continuem ótimos e os novos sejam muito divertidos, ainda são dois os principais motivos para o sucesso do filme e da série:
01- Agnes. A garota que acha unicórnios FOFINHOS continua uma gracinha e ainda ganhou uma pequena subtrama de emocionar.
02- Os Minions. É perceptível que o sucesso destas criaturas aumentou sua participação neste filme. Aliás, eles tem uma importância primordial na trama. O nonsense que eles trazem para uma história que já é bem absurdo torna o humor da produção irresistível.
E para os adultos ainda existem ótimas piadas envolvendo Alien e até Um Morto Muito Louco.
Mesmo que esteja mais no padrão Dreamworks (animações para rir como Shrek e Madagascar) do que para padrão Pixar (animações para rir, chorar, refletir...), Meu Malvado Favorito 2 é uma excelente pedida para garantir um par de horas muito divertidas.
Agora é aguardar o filme solo dos Minions, anunciado oficialmente durante os créditos finais.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

ANIMAÇÃO - PARTE 25

O MONSTRO DO ARMÁRIO
+

CLUBE DOS CAFAJESTES
+

A VINGANÇA DOS NERDS
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UNIVERSIDADE MONSTROS
CRÍTICA: A Pixar tem um histórico duvidoso quando o assunto são as sequências de seus filmes. Enquanto Toy Story 2 e 3 formam com o original uma das melhores trilogias da história do cinema, Carros 2 é uma verdadeira tragédia. O que esperar então de Universidade Monstros?
Na trama, conhecemos o olhudo Mike Wazowski ainda como um aplicado estudante que sonha em se tornar um assustador e sua rivalidade com o talento nato (e indisciplinado) que é James P. Sullivan. Estranhando-se no começo, eles precisam unir forças para (junto de um bando de monstros "losers") ganhar os Jogos de Sustos e não ser expulsos da Universidade Monstros.
Contar a história pregressa de Monstros S.A. provou-se uma grande sacada. Afinal, eu não quero saber como se desenrolou o reencontro dos monstros com a garotinha Boo ao fim do primeiro filme. Aquele final inconclusivo é um dos mais belos da história da Pixar.
Mostrar como Mike e Sully tornaram-se amigos abre portas para uma divertida paródia dos filmes de faculdade americanos, onde os fortões mandam e os perdedores tentam encontrar um lugar ao sol.
O universo colorido onde vivem estes monstros é cheio de possibilidades e é preciso estar atento para não perder alguma criatura de design estranho no canto das tela.
A tecnologia da animação continua evoluindo em uma velocidade incrível (algo perceptível em cada detalhe), mas é gratificante constatar que Universidade Monstros é feito para contar uma história que tem coração, não para vender brinquedos (olha Carros 2 aí de novo...).
A maneira como a amizade entre os dois protagonistas brota é tratada de maneira emocionante e crível pelo roteiro, que não tem pressa e consegue surpreender até mesmo dentro dos clichês que propõe a parodiar (o clímax é encenado como um filme de terror).
Curiosamente, o filme apresenta um lição de moral duvidosa. 
SPOILER!

Os personagens acabam fora das faculdade mas, graças ao talento e esforço, chegam onde queriam dentro da Monstros S.A. Lição: quem precisa de diploma, afinal?

FIM DO SPOILER

Universidade Monstros é divertido, pungente e lindo de ver. A Pixar está retomando o eixo. Ainda bem...

Ps: O curta O Guarda-Chuva Azul, que passa antes do filme, é outra pequena obra-prima desse pessoal da Disney/Pixar e seus curtas maravilhosos...

sábado, 29 de junho de 2013

COMÉDIA - PARTE 62

APERTEM OS CINTOS - O PILOTO SUMIU
+

MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
+

O ANJO EXTERMINADOR
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OS AMANTES PASSAGEIROS
CRÍTICA: Nos últimos anos o cineasta espanhol Pedro Almodóvar lançou filmes dramáticos que conquistaram a crítica "séria" como A Pele Que Habito, VolverFale com Ela e A Má Educação. Mas ele começou dirigindo comédias absurdamente exageradas como Maus Hábitos e Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Agora ele resolveu revisitar o passado neste Os Amantes Passageiros.
Na trama, um avião que está passando por dificuldades técnicas é impedido de pousar e precisa ficar voando em círculos. A tripulação e os passageiros vão discutindo seus dramas enquanto aguardam a resolução do impasse.
Almodóvar junta no espaço confiando de uma aeronave uma quantidade enorme de tipos afetados e malucos e explora os extremos das relações entre eles. Temos a equipe de comissários de bordo (todos gays)  uma mulher que afirma ser vidente, uma mulher paranóica que pensa que a falha do avião é um atentado contra sua vida, o piloto bissexual, o co-piloto sexualmente confuso... 
Aliás, a questão sexual é central no filme, uma vez que todos os personagens, de alguma forma, tem algo a dizer e fazer a respeito.  E Almodóvar, como sempre, não tem medo de mergulhar no assunto, recheando a tela de diálogos de duplo sentido, palavrões, momentos de sexualidade extremamente gráfica (alguns podem ofender espectadores mais sensíveis).... além de muito, mas MUITO humor gay.
Tudo isso misturado em um enredo que brinca com alguns elementos clássicos do filme-catástrofe (até a cena da histérica esbofeteada está presente).
O elenco está ótimo, com destaque para Javier Cámara (Fale com Ela) e Cecília Roth (Tudo Sobre Minha Mãe). Todos muito afinados e tornando aquelas figuras bizarras verossímeis.
Almodóvar consegue tirar grande proveito do espaço do avião, filmando de ângulos inusitados e usando a edição para dar dinamismo ao filme (destaque para o divertidíssimo número musical).
O filme só perde um pouco de ritmo quando cenas externas aparecem. As tramas em terra (relacionadas com os passageiros) nunca são interessantes e ficamos torcendo para voltar logo até a aeronave. Apresentando um ambiente nonsense onde os passageiros parecem todos se conhecer a muito tempo e se relacionam com grande intimidade, a produção perde com essas inserções do "mundo real".
Os Amantes Passageiros pode não ser um comédia brilhante como aquelas que o cineasta realizou nos anos 80, mas é divertido e vale a conferida. Nem que seja para conferir a engraçadíssima performance musical de "I'm So Excited".

domingo, 23 de junho de 2013

COMÉDIA - PARTE 61

HAIRSPRAY - EM BUSCA DA FAMA
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MÃE É MÃE
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MINHA MÃE É UMA PEÇA
CRÍTICA: O ator Paulo Gustavo atingiu grande sucesso no teatro, tv e internet com a personagem Dona Hermínia (inspirada em sua própria mãe), estrela do espetáculo Minha Mãe é uma Peça. Como acontece com frequência, era apenas questão de tempo até a personagem invadir as telonas do cinema.
Minha Mãe é uma Peça - O Filme acompanha o cotidiano de Dona Hermínia com seus dois filhos, o ex-marido e os vizinhos do prédio. Quando escuta por acaso os filhos dizendo que acham a mãe uma chata e preferiam viver com o pai e a nova madrasta, Hermínia magoa-se e refugia-se na casa da tia. Enquanto ela relembra sua vida, os filhos passarão grandes apertos sem a mãezona para cuidar deles.
E é esse fiapinho de roteiro que sustenta os 80 minutos da história. O filme então assume uma estrutura de esquetes (conhecemos os filhos, o marido, os vizinhos...) e volta e meia voltamos para a trama principal. Porém, como o  grande barato é assistir Gustavo dominar a tela com sua personagem nervosa, politicamente incorreta e engraçadíssima, isso não chega a ser um defeito grave.
Os jovens Rodrigo Pandolfo e Mariana Xavier tem até um bom destaque como os filhos Juliano e Marcelina (esta última é vivida nos flashbacks pela adorável Anna Karolina Lannes, a Ágata de Avenida Brasil), mas a maioria dos coadjuvantes como Ingrid Guimarães, Samantha Schmutz e Herson Capri não fazem nada além de servir de escada para Gustavo. Destaque também para a ótima Suely Franco, deliciosa como a tia Zélia.
O roteiro é meio torto em seus propósitos (só a falta de comida faz os filhos sentirem falta da mãe?) e as piadas se apoiam basicamente na intolerância de Hermínia (ela não admite que o filho é gay, fugindo sempre do assunto quando ele quer conversar). Mas não é que funciona?
Gustavo domina a cena de tal maneira que a risada surge naturalmente, perdendo um pouco de força apenas no alongado epílogo.
E ainda presta uma bela homenagem para todas as mães. Um momento do filme, surpreendentemente, me arrancou algumas lágrimas. Talvez porque eu sempre chore quando veja mães tristes (toda vez que Dona Nenê fica chateada em A Grande Família eu choro um pouco), mesmo que essa mãe seja um homem vestido de mulher.
E ao final, a verdadeira Hermínia aparece para termos certeza de que Paulo Gustavo não inventou nada. Minha Mãe é uma Peça não é a melhor comédia do ano (longe disso), mas vale uma espiada nem que seja para ver um ator no domínio perfeito de seu personagem.