sábado, 18 de junho de 2011

COMÉDIA - PARTE 13

A ROSA PÚRPURA DO CAIRO+

A ORIGEM=

MEIA NOITE EM PARISCOMENTÁRIO:
O melhor Woody Allen em anos. Melhor que Vicky Cristina Barcelona, ou Match Point, que considero os últimos filmes dele realmente incríveis.
Apesar de que, obviamente, um filme razoável dele é muito superior a qualquer coisa que se veja por aí, em média. E eu sei que dizer isso é um clichê. Mas eu acho isso mesmo.
Porém, Meia Noite em Paris é realmente incrível.
Na história, Gil (Owen Wilson, de Marley e Eu, o alter-ego alleniano da produção) é um escritor neurótico que está em Paris com a noiva. Ela (Rachel McAdams, de Sherlock Holmes) é uma cética, ele um romântico apaixonado pela cidade-luz. A rotina do casal resume-se a almoços com os pais dela e passeios com um pedante casal de amigos (que rendem cenas muito divertidas).
Quando sai para uma caminhada noturna, Gil acaba, de uma forma inexplicada, voltando aos anos de 1920, onde encontra Scott Fitzgerald, Pablo Picasso e Ernest Hemingway, entre outros. Deslumbrado, ele repete a incursão noite após noite, o que lhe causa problemas no presente.
Esta sinopse, claro, é muito simplória. O filme fala, com imensa destreza, sobre a magia de Paris, a frustração da nostalgia e o processo criativo do artista.
O personagem principal encontra dezenas de figuras ilustres, sempre com resultados engraçadíssimos e participações muito especiais de gente como Adrien Brody e Kathy Bates. Não vale dizer quem eles interpretam, pois as surpresas nunca param de aparecer e merecem ser saboreadas.
Marion Cotillard também é uma presença deliciosamente divina como Adriana, a musa de Gil.
Carla Bruni? Pra mim, não fede nem cheira...
É ótimo ver Allen contar novamente uma história cheia de magia, onde acontecimentos surreais se sucedem de forma orgânica, sensível e hilariante.
Confesso que sou um nostálgico, e a discussão que o filme levanta a respeito da insatisfação em relação ao presente me tocou fundo.
Um filme genial em sua idéia simples e magnífica execução. Genial mesmo.

Um comentário: