sábado, 13 de agosto de 2011

DRAMA - PARTE 15

2001 - UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO+

FONTE DA VIDA+

LONGE DO PARAÍSO=

A ÁRVORE DA VIDACOMENTÁRIO:
Adoro “filmes difíceis”. Nem sempre gosto do ponto de vista pessoal, mas me divirto com o conceito. Podemos chamar assim aqueles filmes nos quais percebemos muitas qualidades, sejam elas técnicas ou emocionais, mas com a qual não conseguimos nos conectar facilmente. Aí você diz: “reconheço que o filme é bom... mas é difícil”.
Provavelmente esse conceito surgiu lá em 1895, quando alguém viu A Chegada do Trem na Estação, não entendeu do que o diretor estava falando e inventou algo como: "isso é uma metáfora para a invasão da tecnologia em nosso espaço privado e pessoal".
A Árvore da Vida é o mais novo “filme difícil“ a chegar aos nossos cinemas.

Na história, acompanhamos a história da relação de um jovem (Hunter McCraken quando criança, Sean Penn, de Milk, quando adulto) com seu pai (Brad Pitt, de O Curioso Caso de Benjamin Button), sua mãe (Jessica Chastain, de A Dívida) e seus irmãos.

Essa sinopse é muito básica, pois o diretor Terence Malick (Além da Linha Vermelha) vai do Big-Bang até o fim dos tempos para contar uma história sobre o apego à crença em Deus e os questionamentos dessa mesma crença.

A forma como Malick costura as diferentes épocas de maneira coesa é impressionante de se ver. Sua visão, que começa privilegiando um viés científico, vai cada vez mais se fundindo a uma espiritualidade que é inerente aos personagens desde o início.

Tudo isso é contado através de imagens maravilhosas que vão do nascimento do universo e passam pela bela fotografia do período dos anos de 1950 (onde a contra-luz sempre parece nos lembrar de que existe algo “divino” em nossa existência), culminando num clímax que se entrega totalmente ao alegórico.

Todo o elenco está impecável , desde as crianças (todas impressionantes), passando por Pitt e pela bela Chastain. Penn aparece pouco, me fazendo perguntar se a alardeada versão de cinco horas do filme privilegia mais sua participação.

Malick proporciona um tour de force de imagens, sons e música clássica que propõe um tipo de relação com a obra que pode ser de difícil digestão. Porém, entregar-se a ela pode ser muito recompensador.

Poderia ser mais curto? Talvez, mas eu acredito que, neste caso, a obra tem o tempo que precisa ter.
Mesmo que se mostre um filme difícil... Muito bom, mas difícil.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Me senti na catequese, com a mesma sensação de querer fugir da sala que sentia à época. Ah! E obrigado por lembrar pra gente quem é Sean Penn e Brad Pitt, muito legal de sua parte. Beijo.

    ResponderExcluir