segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MUSICAL - PARTE 08

FELLINI 8 E 1/2+

CHICAGO=

NINECOMENTÁRIO:
Eu esperava ansiosamente por Nine. Afinal, era a volta do diretor Rob Marshall (de Chicago) ao universo dos musicais, adaptando um musical da Broadway inspirado em Fellini 8 e 1/2. E com um elenco estelar de arder os olhos.
Na trama, o cineasta Guido Contini (Daniel Day-Lewis, de Sangue Negro) é um cineaste em crise com seu próximo projeto. Todas as mulheres de sua vida aparecem para confundí-lo ainda mais ou, quem sabe, inpirá-lo.
As mulheres? Temos Marion Cotillard (Piaf), Judi Dench (Notas Sobre Um Escândalo), Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona), Sophia Loren (Duas Mulheres), Nicole Kidman (Moulin Rouge), Kate Hudson (Quase Famosos) e Fergie (Planeta Terror). Incrível, não é?
Mas, infelizmente, o filme não funciona.
Parte da culpa é do próprio musical: as canções, tirando uma ou outra, não tem graça nenhuma. São desinteressantes. E isso, para um musical, é a morte.
Musicas desinteressantes também geram participações sub-aproveitadas de parte das atrizes. Sophia Loren e Nicole Kidman passam em brancas nuvens em momentos tediosos.
O próprio Day-Lewis parece entediado. E seu personagem, que teoricamente deveria usar todas as mulheres que lhe aparecem de alguma forma inspiradora, nunca evolui, voltando sempre para o estágio "garoto mimado que precisa de colo". Muito irritante.
As úncas que mantém a dignidade são Cotillard (fantástica em "Take It All"), Penélope Cruz, Judi Dench (deliciosa em "Folie Bergére") e Fergie, que arrasa em "Be Italian".
E se você pensa que todas estas mulheres terão um momento musical coletivo, vá perdendo a esperança. Essa é outra frustração que o filme causa.
Outro senão do filme é uma repetição da idéia central de Chicago.
Se neste, Roxie Hart tinha seus delírios musicais transplantados para um palco de teatro, aqui os devaneios de Contini surgem no set de filmagem. Uma opção questionável, visto que falamos do mesmo diretor.
A última cena do filme é de grande beleza, mas até aí já perdemos a maior parte do interesse.
Recomendação: Vejam Fellini 8 e 1/2 mesmo. É de uma genialidade que chega a doer na cabeça.

Um comentário:

  1. Isso sem falar que Bob Fosse (esse sim, um gênio) já havia feito um verdadeiro 8 e 1/2 no seu maravilhoso "All that Jazz".

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