quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AVENTURA - PARTE 30

ERA UMA VEZ NO OESTE+

FOGO NO CÉU+

GUERRA DOS MUNDOS=

COWBOYS & ALIENSCOMENTÁRIO:
Adorei a premissa desde início. Afinal, por que alienígenas atacam somente a contemporaneidade? Tirando a Guerra dos Mundos de H.G Wells (que se passava em sua própria época, no fim das contas), não existem muitas abordagens diferenciadas deste gênero.
Cowboys e Aliens conta a história de um pistoleiro desmemoriado (Daniel Craig, de 007 – Cassino Royale) que chega à uma pequena cidade do Novo México, em 1875. Quando a comunidade é atacada por naves espaciais, ele se junta aos habitantes da cidade, liderados pelo mal-encarado Coronel Dolarhyde (Harrison Ford, de Indiana Jones e a Última Cruzada), para resgatar os habitantes seqüestrados. A estranha Ella (Olivia Wilde, de Tron – O Legado) também acompanha o grupo.
O começo do filme é promissor. O diretor Jon Favreau (dos dois Homem de Ferro)acerta no tom do faroeste, apresentando personagens clássicos como “o estranho sem nome”, “o coronel durão”, “o barman”, “o padre pistoleiro” de maneira muito eficiente.
A apresentação dos aliens acontece de forma gradual, lição aprendida com o produtor Steven Spielberg (Tubarão).
Porém, o filme não acerta no tom. A mistura de faroeste e ficção-científica, que tinha tudo para se mostrar fonte de muita emoção e diversão, não convence. Parece que Favreau se preocupou demais em construir um faroeste “clássico” e esqueceu de criar situações onde estas convenções se chocassem com as convenções do sci-fi. Um choque de clichês que poderia ser muito engraçado e inusitado.
Falta o humor e a emoção que citei acima. O filme, por incrível que pareça, é sério demais. E uma produção que tinha tudo pra ser uma das mais legais da temporada tornou-se mais uma aventura sem personalidade.
Isso sem contar alguns furos de roteiro do tipo: como aquele barco enorme foi parar no meio do deserto? A resolução da trama do personagem de Ford e seu filho (Paul Dano, de Pequena Miss Sunshine) também é forçada e estranha.
Juntar mocinhos, bandinhos, índios e prostitutas duronas numa luta contra um inimigo comum tinha um potencial que é quase que completamente despediçado.
Ao final, salva-se Harrison Ford, divertidíssimo como um personagem grosseiro, durão e politicamente incorreto. Seu melhor trabalho em muito tempo, e que mantém o filme interessante.
Mais um caso de idéia que mostrou-se muito melhor do que o filme. Uma pena.

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