sábado, 7 de janeiro de 2012

DRAMA - PARTE 20

O CORCEL NEGRO+

...E O VENTO LEVOU+

BINGO - ESPERTO PRA CACHORRO+

QUATRO AMIGAS E UM JEANS VIAJANTE=

CAVALO DE GUERRACOMENTÁRIO:
Depois de um tempinho sumido, Steven Spielberg apareceu com dois filmes de uma vez: As Aventuras de Tintin e este Cavalo de Guerra. E parece que isso foi demais para a cabeça do diretor, pois este segundo é um claro exemplo de quando o caldo passa do ponto.
Na trama, passada durante a 1a Guerra Mundial, um jovem (o inexpressivo Jeremy Irvine) cria um potro e eles tornam-se grandes amigos. Chega a guerra, eles são separados, e o cavalo passará por diversar agruras na tentativa de voltar para seu dono. No caminho, encontrará e tocará a vida de diversas pessoas.
Lendo assim, já soa cafona. E Spielberg vai fundo na cafonice.
Manipulador e apelativo como nunca, o diretor vai fundo no sofrimento animal para emocionar (ou aviltar) a platéia. A trilha sonora de John Williams auxilia isso, redundante e invasiva.
Um dos maiores problemas do filme é sua excessiva "beleza". A fotografia é tão linda, mas tão linda, que soa artificial na maior parte do tempo, o que prejudica as cenas de batalha (bem coreografadas e até impressionantes, mas sem uma gota de sangue. Afinal, é um filme familiar).
Mesmo o elenco parece atuar numa espécie de módulo "filme bonito". Desta forma, até gente boa como Emily Watson (Ondas do Destino) soa artificial.
Pode ter sido esta a intenção do diretor, que busca uma atmosfera que remeta à ...E O Vento Levou, mas isso logo deixa de ser curioso para comprometer a conexão da platéia para com o filme.
Aí chegamos no terceiro ato. Qual é o problema do Spielberg no terceiro ato de seus filmes (Vide A.I e Guerra dos Mundos)? Por que ele não sabe a hora de parar? Cavalo de Guerra é seriamente comprometido por sua longa duração (duas horas e meia), sendo que a última meia hora beira ao insuportável devido à quantidade absurda de revezes e acontecimentos que ameaçam a felicidade do garoto e seu cavalo.
É uma pena, pois quando chega a maravilhosa cena final, já estamos cansados demais para apreciá-la como deveria.
Querendo homenagear os épicos do passados, Spielberg fez apenas... um filme longo como eles. Bonitinho, mas muito ordinário. Uma pena.

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