quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

DRAMA - PARTE 30

ALÉM DA VIDA
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ENCHENTE - QUEM SALVARÁ NOSSOS FILHOS?
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O IMPOSSÍVEL
CRÍTICA: O Impossível devia se chamar O Desespero, tamanha a agonia pela qual faz o espectador passar.
A trama se passa no fim de 2004, quando um tsunami atingiu a Ásia, provocando grande destruição e matando milhares de pessoas. Uma família britânica é pega pela tragédia e se separa, tentando se reencontrar sem nunca perder a esperança. E tudo é baseado numa história real!
Parece a história de um telefilme feito para o Super-Cine, se não fossem alguns fatores essenciais.
O primeiro é o diretor Juan Antonio Bayona (do fantástico O Orfanato). Bayona mostra-se um mestre em manipular nossas emoções conduzindo-nos através da dura jornada de seus personagens com uma dose surpreendente de sadismo (quem viu O Orfanato sabe como ele pode ser muito sádico).
A reconstituição do tsunami é de um realismo assustador e impressionante.
Cada ferimento... cada objeto que causa um rasgo na pele... cada batida... Tudo é exposto de maneira crua e cruel. A ótima edição de som torna tudo ainda mais desesperador.
A trilha sonora também contribui para os picos de emoção, chegando as raias do exagero (mas sem ultrapassar esse limite).
O segundo fator é Naomi Watts (21 Gramas). Sua interpretação de mãe desesperada transpira sensibilidade, força e... dor... muita dor. É impossível (ups) não se comover com suas cenas, principalmente quando contracena com o filho mais velho (o ótimo Tom Holland).
Ewan McGregor (Trainspotting) também tem seus momentos, mas é a incrível presença de Watts que nos carrega pelo turbilhão aflitivo que é o filme.
Um filme realizado habilmente para fazer chorar, porém sem ser cafona, O Impossível é uma daquelas histórias sobre o triunfo do espírito humano que sempre pipocam no cinema.
O importante aqui e o estofo, que é da melhor qualidade.
Quanto a polêmica sobre o fato de que mostra-se uma tragédia asiática do ponto de vista ocidental, deixo minha opinião: O mundo inteiro foi atingido por aquele tsunami. É uma história, antes de tudo, de impacto humano.



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