quarta-feira, 24 de agosto de 2011

AVENTURA - PARTE 29

SUPERMAN - O FILME+

AVATAR+

MARCAS DO DESTINO=

LANTERNA VERDECOMENTÁRIO:
Heróis do “segundo escalão” são difíceis de adaptar para o cinema. Todo mundo conhece o Superman, a Mulher-Maravilha, o Hulk... Mas e quanto a outros como Homem de Ferro? Primeiro contrata-se um diretor apaixonado, como John Favreau. Ele abraçou o universo de Tony Stark com unhas e dentes. Já aqui, temos Martin Campbell (007 - Cassino Royale), que dirige com a empolgação de um pistoleiro contratado.
A Marvel também teve um sacada genial quando contratou Robert Downey Jr. para viver o beberrão playboy milionário que se torna um herói. O carisma do ator enche a tela e transformou a franquia num sucesso. Infelizmente, Ryan Reynolds (Enterrado Vivo) não tem nem 1/5 deste carisma. E este é um dos principais defeitos de Lanterna Verde.
Na trama, o piloto Hal Jordan (Reynolds) é escolhido para ser o novo Lanterna Verde, parte de uma federação intergaláctica que protege o universo. Ele precisará vencer seus medos para destruir a entidade devoradora de mundo Paralax.
Outro problema do filme: ninguém acredita que Reynolds precisa “vencer seus medos”. Ele faz um tipo malandro que nunca convence nas cenas onde o suposto “medo” aparece. Este é sempre verbalizado (muitas vezes...), mas nunca aparece de verdade na interpretação do ator, enfraquecendo suas motivações e minando sua credibilidade. Inclusive, sua reação tranqüila quando chega no Planeta Oa é risível. Ele não se exalta em nenhum momento ao vêr-se perante 3600 diferentes raças alienígenas num planeta distante.
Pelo menos Oa é muito bem executado, apresentando um mundo complexo e cheio de detalhes que desperta curiosidade e encantamento. Lá conhecemos Sinestro (Marc Strong, de Sherlock Holmes), o líder da tropa de Lanternas Verdes e um dos únicos bons atores do filme. Ele transmite toda a dubiedade que o papel exige mesmo sob pesada maquiagem.
Igualmente bem-sucedido é Peter Sarsgaard (de A Órfã) como o vilão Hector Hammond. Seu personagem é o melhor construído do filme, física e psicologicamente. Uma pena que sua participação no terceiro ato da fita seja pequena, sendo que a principal ameaça do filme é Paralax.
Este, por sinal, um verdadeiro equívoco de design, gerando uma mistura de polvo com o monstro de fumaça da série Lost, e ainda apresentando um rosto que lembra o vilão de Monstros Vs. Alienígenas.
Poucos momentos se salvam, principalmente aqueles onde Jordan usa sua imaginação e cria algumas engenhocas divertidas e incomuns com seu anel.
Mas o filme carece de emoção, de carisma e humor. É chato e burocrático. Um monstro sem coração. Melhor esperarmos o próximo Batman.

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