segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FICÇÃO - PARTE 07

O NOME DA ROSA+

ALIEN - O 8o PASSAGEIRO+

FUGA DE ALCATRAZ+

O HOMEM DA CABEÇA RASPADA=

ALIEN 3COMENTÁRIO:
Aqui a coisa degringolou um pouco. Agora nas mãos de um ainda desconhecido David Fincher (Seven, A Rede Social), a franquia enveredou por caminhos tortuosos.
Na trama, após escapar dos eventos de Aliens – O Resgate, Ripley (Sigourney Weaver, de... Alien) cai numa planeta prisão habitado por criminosos perigosíssimos e infestado de piolhos. Um alien também chega ao planeta, dando início a uma série de mortes que tornam a tensão no presídio insuportável. Ripley agora precisa liquidar o monstro antes que os homens da “Companhia” cheguem e levem a criatura para a Terra.
A idéia do filme parece ser voltar ao clima mais claustrofóbico do primeiro Alien, mas com um toque “medieval”. O planeta prisão é praticamente desprovido de tecnologia, mostrando uma sociedade onde os presos vivem apenas para sua própria e estranha fé. Ou seja, não existem armas modernas para lutar, apenas facões e fogo. A idéia é interessante, e a dinâmica dos personagens apresenta muita tensão (principalmente sexual) em torno da figura de Ripley.
O maior problema da produção são os efeitos especiais. Mesmo este filme sendo produzido 13 anos depois do primeiro, os efeitos da criatura são, em geral, de péssima qualidade. Uma nova tentativa de efeito ótico torna o monstro muito artificial e pouco assustador.
Outra "bola fora" dos roteiristas foi ter praticamente eliminado todos os personagens que James Cameron criou tão bem no filme anterior. Entendo que Ripley deve ser uma solitária, uma "estranha em terras estranhas", mas tudo soa muito brusco e forçado.
Resta o grande drama de Ripley (SPOILER): ela está grávida de uma nova rainha alien. Ou seja, ela precisa não apenas eliminar o alien, mas a si própria. É a única maneira de eliminar a criatura para sempre.
Isso torna a personagem muito mais ousada, numa vibe “nada a perder” que deveria deixar o filme ainda mais tenso.
Mas todos os boatos envolvendo as brigas entre Fincher e os produtores parecem ter se confirmado. O filme é estranho e tem problemas de ritmo.
Porém, não é de maneira nenhuma um filme ruim. A franquia mantém sua tradição de contratar diretores que trazem uma visão própria deste universo. Pena que, neste caso, a visão do cineasta, que teve que reeditar o filme, tenha se comprometido.
A morte de Ripley parecia o fim de uma das melhores saga de ficção do cinema. Mas como veremos a seguir, nunca duvide da ganância dos executivos de Hollywood...

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