terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AÇÃO - PARTE 11

007 CONTRA A CHANTAGEM ATÔMICA+

A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS+

INFERNO NA TORRE+

SEX AND THE CITY 2=

MISSÃO: IMPOSSÍVEL - PROTOCOLO FANTASMACOMENTÁRIOS


Por Malcon Bauer:
"Sua missão, caso decida aceitá-la, é dar uma nova chance a franquia Missão: Impossível... mesmo após a meia-boca parte III".
É assim que me senti ao entrar no cinema. A franquia deu claros sinais de cansaço em M:I - III, mesmo nas mãos de J.J. Abrams (Lost). Porém, que grata surpresa...
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma traz de volta Ethan Hunt (Tom Cruise), desta vez envolvido numa conspiração que pode trazer de volta a Guerra Fria. Acusados de um atentado, a Força Missao Impossível é desativada, restando a Ethan juntar alguns poucos membros da equipe e tentar descobrir a verdade antes que seja tarde.
A trama não tem nada de original, mas aí entra o grande trunfo deste capítulo : Brad Bird. O diretor de clássicos animados como Os Incríveis e Ratatouille estreia no mundo de live-action em grande estilo, trazendo grandes contribuições ao filme.
O humor é uma delas. As pequenas piadas que surgem durante a projeção relaxam o publico sem distraí-lo das cenas de tensão que estão na tela. E que tensão.
Uma verdadeira volta ao mundo, o filme apresenta, em cada lugar que passa, uma acachapante sequência de ação. E aí Bird brilha novamente.
Seu domínio da arte da animação surge claramente na maneira gradiosa com que as cenas de ação são encenadas. Só que, desta vez, ele tinha o mundo real para brincar.
A sequência da torre em Dubai é, literalmente, de tirar o fôlego, me levando a trincar os dentes do começo ao fim.
E é este ritmo vertiginoso que nos conduz pelas duas horas de M:I - Protocolo Fantasma, sem abandonar ótimos personagens como o especialista tecnológico vivido por Simon Pegg (de Todo Mundo Quase Morto) e o misterioso agente vivido por Jeremy Renner (de Guerra ao Terror).
O próprio Cruise prova que ainda tem carisma suficiente para ser o protagonista de uma obra divertida como essa.
Aliás, vale citar a maneira inteligente com a qual o filme se conecta com o passado da franquia, sem forçar a barra e de maneira muito orgânica.
Mais uma prova de que Bird sabe como conduzir a ação sem esquecer o coração.
Corra para os cinemas e prepare-se para um descarga de adrenalina contínua!

Por Vicente Concílio: Quando comprei o ingresso pra ver o último filme da franquia Missão Impossível, estava pensando que a verdadeira missão em jogo seria surpreender os espectadores, depois do fiasco que havia sido o terceiro filme da série, dirigido por J.J Abrahams, um dos criadores de Lost.
Afinal, trata-se de uma série encabeçada por Tom Cruise, que convenhamos, perdeu seu apelo estelar há alguns anos, desde que surtou no sofá da Oprah, investiu na Cientologia e acabou mais conhecido como pai da Suri.
Além disso, há uma dificuldade em acreditar nos heróis à la 007 (aqueles capazes de peripécias impossíveis exalando charme e apelo sexual), desde que A Identidade Bourne fundou o herói do novo milênio: alguém em busca de sua personalidade perdida após ter sido descartado por alguma ultra-agência antiterrorista financiada pelo governo. Mas MI:IV surpreende.
A canastrice de Tom Cruise está lá, intacta, mas o roteiro cheio de reviravoltas e a capacidade hollywoodiana de produzir com extrema credibilidade uma trama que contenha: um resgate insano do herói de dentro de uma prisão russa; uma tentativa de infiltração nos arquivos secretos do Kremlin, que depois sofre um atentado bomba; uma fuga impossível de um hospital que é seguida por uma ótima sequência de cenas dentro e fora do maior prédio do mundo (as cenas de Hunt caminhando pelo arranha-céu são vertigem pura) que acaba em uma perseguição em meio a uma tempestade de areia, e mais a correria toda antes da conclusão do filme...
É isso: o filme consegue criar um universo impossível, mas envolvente, e garante o tipo de sensação, sempre boa, de que o cinema é maior que a vida. E isso tudo em 2D!

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