terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

DRAMA - PARTE 24

A RAINHA
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O DISCURSO DO REI
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HOMEM DE FERRO
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A DAMA DE FERRO
COMENTÁRIO: Vou aproveitar este post para dizer o quanto eu admiro Meryl Streep (Julie & Julia, Dúvida, Mamma Mia!). Atriz fantástica, capaz de se tornar qualquer personagem que lhe ofereçam, ela nos surpreende ano após ano com interpretações incríveis. E também parece ser uma pessoa simpática e generosa. Quase todo ano ela surge com uma interpretação que acaba no Oscar de melhor de atriz, e este ano a bola da vez é A Dama de Ferro.
O filme conta, de maneira não-linear, a vida de Margareth Tatcher, desde a infância como filha de um quitandeiro até a velhice a o Alzheimer, passando por seus 11 anos como Primeira-Ministra Britânica.
Meryl, como dito no primeiro parágrafo deste texto, está soberba. Sua composição de Tatcher tanto na juventude quanto na velhice é magnífica, repleta de sutilezas e grandes momentos de drama.
Mas o filme é tremendamente cafona. A diretora Phyllida Lloyd, que em Mamma Mia! havia encontrado um ótimo canal para exprimir sua breguice, aqui perde completamente a mão.
O roteiro, que prende-se muito mais na vida pessoal de Tatcher do que em sua trajetório política, torna-a uma espécie de mártir.
Quando velha, ela lida todos os dias com o "fantasma" de seu marido (o ótimo Jim Broadbent, de Moulin Rouge), o que termina por mostrar que Tatcher simplesmente enlouqueceu. Além de polêmica ( a família Tatcher abominou a produção), essa abordagem dá ao marido uma importância e dimensão que ele nunca atinge durante a época em que estava vivo. Afinal, ele aparece apenas como o marido que ora está ao lado dela, ora critica sua ausência devido às obrigações políticas. E ele ainda tem um final que remete ao brasileiro Nosso Lar.
A montagem e a trilha sonora também contribuem para a cafonice, com esta última muito invasiva e surgindo nos momentos errados para "pontuar a dramaticidade".
Ao final, restam a espetacular interpretação de Meryl, alguns bons momentos de humor e a ótima direção de arte e maquiagem. Esta última pode, com certeza, ganhar o Oscar. Já Meryl... podia ganhar por um filme melhor.

2 comentários:

  1. A Meryl me mandou um scrap ontem se dizendo muito arrpendida em ter recusado fazer a Clarice Lispector pra fazer a Margarete...tava meio louca quando leu o roteiro...enfim, coisas da vida né.

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