quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TERROR - PARTE 16

OS OUTROS
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HOMENS DE PRETO

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A MULHER DE PRETO
COMENTÁRIO: Este A Mulher de Preto é o melhor esforço realizado até agora pela nova Hammer (o estúdio inglês que realizou dezenas de filmes de terror gótico na metade do séc. XX, incluindo os Drácula com Cristopher Lee).
Na trama, passada na segunda metade do séc. XVIII, o jovem advogado viúvo David Kipps (Daniel Radcliffe, o Harry Potter em pessoa) viaja de Londres até uma pequena vila para cuidar da papelada de um recém-falecida senhora. Ao chegar lá, descobre que a mansão onde ela morava é assombrada, e o povo da cidade sofre terríveis consequências.
O filme realmente lembra as produções da Hammer. Mansões vitorianas com muito papel de parede (eu nunca entraria numa mansão vitoriana. Mas se você vive no período vitoriano, vai fazer o que?), lugares isolados, muita neblina e pântanos vaporosos compõe um cenário triste de desolador.
A iluminação lúgubre (praticamente só velas) contribui para a claustrofobia do ambiente.
Um dos pontos positivos do filme é evitar os sustos-clichê do gênero, pelo menos por boa parte do filme. As aparições da tal mulher de preto se dão, em diversos momentos, em lugares periféricos da cena (um espelho no canto do cenário, por exemplo).
Claro que existem os sustos que vem do nada e a música sobre (sempre um violino), mas eles são, felizmente, em minoria.
Radcliffe se esforça para não lembrarmos de Harry Potter, mas ainda é estranho imaginá-lo como um pai viúvo e advogado.
Com bom clima e um número eficiente de ótimos sustos, o filme realmente peca em seu epílogo, de uma covardia atroz. Assim como em A Dama de Ferro, o diretor do filme deve ter assistido Nosso Lar recentemente.
A Mulher de Preto não é nenhuma obra-prima, mas é um suspiro no atual universo de filmes estúpidos de terror que lotam nossos cinemas.

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