domingo, 4 de março de 2012

SUSPENSE - PARTE 13

CLOVERFIELD - MONSTRO
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CARRIE - A ESTRANHA
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AKIRA
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PODER SEM LIMITES
COMENTÁRIO: Os filmes de estética "documental" e "filmagens encontradas" já deram uma boa saturada. Fica difícil para qualquer um apresentar novidades, e ficamos presos em produções que custam o mesmo que uma coxinha e um suco no bar da rodoviária (como O Último Exorcismo). Mas é um alento assistir Poder Sem Limites e perceber que ainda existem maneiras de inovar o gênero.
Na trama, três jovens (um esportista, um boa-praça e um looser) entram em contato com uma estranha substância e adquirem poderes telecinéticos. Enquanto curtem e descobrem seus poderes, filmam suas façanhas para se divertir. Porém, logo as coisas saem do controle e toda a cidade ficará em perigo.
Primeiramente, nada de passar 70 minutos "sugerindo" coisas para mostrar algo interessante no final. Os poderes dos jovens são mostrados desde o começo com ótimos efeitos especiais. Desde brincadeiras inocentes como assustar uma garotinha numa loja de brinquedos até esmagar um carro com uma aperto de mão, o filme é tecnicamente impecável. As cenas de vôo são muito mais legais do que em Superman- O Retorno, por exemplo.
O trio de atores está perfeitamente entrosado e à vontade em seus papéis. Dane DeHann (o looser dono da câmera Andrew), Alex Russel (o esportista metido a filósofo Matt) e Michael B. Jordan (o simpaticão Steve) tem excelente química e seus laços de amizade tornam uma história tão bizarra verossímil.
Aí você me pergunta: Qual a novidade no quesito "modo documental"? Se o que costuma incomodar neste tipo de filme são as tremidas e cortes toscos (geralmente para não mostrar os efeitos que custariam mais do que dois reais), Poder Sem Limites resolve o problema de maneira genial.
Dotados de telecinésia, os jovens usam seus poderes para controlar a câmera enquanto executam suas peraltices. Ou seja, ela pode realizar qualquer movimento imaginável com absoluto requinte técnico. Funciona que é uma beleza.
E ao final, quando os poderes de Andrew se descontrolam numa explosão de raiva e poder, imagens de celulares, câmera de segurança e muto mais são usados para dar a verdadeira dimensão catastrófica do evento. Os fãs de Akira (como eu) vão urrar de alegria e admirar ainda mais o trabalho do jovem diretor Josh Trank.
Poder Sem Limites tem boas idéias, muito cérebro, ótimo ritmo (80 minutos. Uma benção na era dos blockbusters de três horas) e fantásticas cenas de ação. Vale a pena conferir e dar uma nova chance à um gênero que pode, sim, apresentar novidades.

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