AVENTURA - PARTE 34

FAHRENHEIT 451
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O SOBREVIVENTE
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BATTLE ROYALE
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JOGOS VORAZES
COMENTÁRIO: Toda a campanha "o novo sucesso literário depois de A Saga Crepúsculo" me deixou muito ressabiado para ver este filme. Porém, as críticas estavam tão boas que resolvi baixar a guarda e conferir. E não é que me surpreendi?
Na trama, passada nos EUA de um futuro distante, 12 distritos perderam uma revolução e precisal oferecer, todo ano, um jovem e uma jovem com a idade entre 12 e 18 anos para participar dos tais Jogos Vorazes. Nesse jogo, transmitido como um reality-show, os jovens precisam se matar, e o último sobrevivente garantirá um ano de vida melhor para seu distrito. A jovem Katniss (Jennifer Lawrence, de X-Men: Primeira Classe) toma o lugar de sua irmã mais nova e parte para tentar vencer a competição.
Já é um alívio que, em tempos de Crepúsculo, a protagonista seja uma jovem forte e cheia de atitude, não uma pamonha que se encolhe em posição fetal e chora como a Bella.
Uma das principais virtudes da história é seu caráter político. Mesmo sendo um filme para o público jovem, as maquinações e a politicagem envolvendo a realização dos jogos ganha um bom aprofundamento e torna a produção bem mais interessante para o público adulto.
O elenco está ótimo. Lawrence, que concorreu ao Oscar por Inverno da Alma, tem toda a força e integridae que Ktniss necessita, tornando-a um protagonista pela qual é impossível não torcer. Josh Hutcherson (Zathura) tem a fragilidade que o jovem Peeta necessita e Alexander Ludwig (de Os Seis Signos da Luz) transborda maldade como Cato, mesmo que que em certos momentos possamos perceber que tudo não passa de uma máscara.
No elenco de apoio, Stanley Tucci (O Diabo Veste Prada) diverte-se como o apresentador do programa e Woody Harrelson (Assassinos por Natureza) transborda carisma e tristeza como um mentor da dupla de protagonistas (e vencedor do programa em outro ano).
A direção de arte é outro ponto positivo, misturando muito bem a tecnologia com a cafonice típica dos filmes de ficção dos anos 50 e 60. O figurino, divertidísimo, vai pelo mesmo caminho.
O diretor Gary Ross (A Vida em Preto e Branco) conduz a trama com pulso firme, sabendo dosar a violência de maneira eficaz (a sequência do início dos jogos é exemplar) e conduzindo as partes dramáticas sem apelar.
Jogos Vorazes é bom filme de ação que, ainda por cima, traz alguma reflexão política. É bastante pra me deixar curioso pela sequência que, pelo sucesso de bilheteria deste aqui, não tardará a chegar.