sábado, 14 de abril de 2012

COMÉDIA - PARTE 46

SHREK
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A CELA
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ROBIN HOOD - O PRÍCIPE DOS LADRÕES
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ESPELHO, ESPELHO MEU
COMENTÁRIO:
No "ano das Brancas de Neve", este filme chegou primeiro. E isso quer dizer que é o melhor (em comparação com Branca de Neve e o Caçador)? Provavelmente não... E olha que quando eu vi o trailer pensei: "Será o melhor filme ruim de 2012!".
Na trama desta adaptação, a Rainha Má (Julia Roberts, de Uma Linda Mulher) é uma perua narcisista que deixa o reino padecer na miséria enquanto gasta todo o dinheiro dos impostos em festas e ostentação. A enteada, Branca de Neve (Lily Collins, de Um Sonho Possível) é mantida alienada da situação. Quando um príncipe (Armie Hamer, de A Rede Social) chega ao reino, ela se apaixona (e descobre a verdade sobre a situação do povo) e precisa lutar para recuperar o que lhe é de direito.
A abordagem da história é paródica, buscando ironizar as próprias convenções dos contos-de-fadas. Algo que não é, nem de longe, original nestes tempos de Shrek.
Visualmente, o filme tem ótimas soluções. O anões, transformados num bando de salteadores, utilizam uma divertida variação das "pernas-de-pau" para realizar seus assaltos. O espelho mágico da Rainha também sofreu uma interessante transformação (é a própria Julia, rejuvenescida num processo ao estilo Benjamin Button), bem como as maneiras com o qual os feitiços dele são realizados (os fantoches são de uma criatividade notável).
Mas de desbunde visual o diretor Tarsem Singh entende. Ele é o responsável por um dos filmes mais belos ( e mais abominavelmente estúpidos) já realizados no século XXI: A Cela.
O que falta é um bom roteiro. O senso de perigo parece nunca existir de verdade para Branca de Neve. Roberts, divertindo-se muito, é também prejudicada por falas que pretendem ser engraçadas e espirituosas, mas raramente são. O clímax é ainda mais frustrante, visto que o embate entre Branca e a Rainha não acontece (ela apenas manda um monstro matar a enteada).
O melhor acaba sendo a dinâmica dos anões (cada um com interessantes personalidades) e a cara de fastio que somente Nathan Lane (de Os Produtores) é capaz, no papel do ajudante da Rainha.
No fim das contas, não é um filme horrível. Como eu disse acima, poderia ser um memorável filme ruim, daqueles que geram sessões a meia-noite com fãs vestidos da mesma maneira que Julia Roberts. Mas é apenas ordinário.

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