sábado, 26 de maio de 2012

FICÇÃO - PARTE 09

MIB - HOMENS DE PRETO
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DE VOLTA PARA O FUTURO
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APOLLO 13
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MIB - HOMENS DE PRETO 3
CRÍTICA: Demorou um bom tempo para que os envolvidos na fanquia MIB retomassem a saga dos agentes J e K. Isso porque o segundo filme, de 2002, resultou completamente esquecível e não rendeu o esperado. Dá pra entender o receio de um astro como Will Smith em voltar a "saga". Mas todos toparam retornar com a missão de devolver alguma dignidade a franquia. E (quem diria) foram bem sucedidos.
Em MIB 3, o terrível vilão Bóris (Jemaine Clement, da série Flight of the Conchords) escapa da prisão e viaja ao ano de 1969 para eliminar o agente K (Tommy Lee Jones, de Capitão América - O Primeiro Vingador) enquanto ele ainda é jovem e destruir a Terra. O único que pode impedir a tragédia é o agente J (Will Smith, de Hancock), que volta no tempo também e tem como aliado a versão jovem de K (Josh Brolin, de Onde os Fracos Não Tem Vez).
Tramas envolvendo paradoxos temporais são complicadas, pois é muito fácil para qualquer roteirista se perder nos meandros da questão e transformar tudo numa chatice. Neste caso, felizmente, a maior parte da história faz sentido.
Aliás, o melhor do filme é a parte do passado. A direção de arte faz a festa, e o maquiador Rick Baker (Oscar de maquiagem por O Lobisomem, entre outros) pôde se divertir a valer criando alienígenas a partir da aparência que eles tinham nos filmes da época (ou seja, muita gente com aquários na cabeça). Uma ótima ideia e uma deliciosa homenagem.
Também sobram ótimas piadas envolvendo a origem alienígena de gente como Mick Jagger e até Andy Warhol (uma grande sacada do roteiro).
Mas o grande trunfo de MIB 3 é mesmo Josh Brolin. Sua interpretação de um jovem Tommy Lee Jones é impressionante, fazendo-nos esquecer rapidamente que estamos vendo outro ator em seu lugar. Um trabalho divertidíssimo.
Will Smith continua transbordando carisma e graça e conduz o filme com extrema desenvoltura, seja em 2012 ou em 1969. 
Clement está assustador como o vião Bóris, conseguindo uma boa atuação mesmo embaixo de toneladas de efeitos especiais (que continuam ótimos, por sinal). Já Emma Thompson (de Razão e Sensibilidade) tem algumas boas cenas, mas é logo descartada pelo roteiro e poderia ter rendido muito mais.
No terceiro ato, ainda temos algumas revelações sobre o passado de J que podem soar um pouco piegas (confesso que eu até dei uma choradinha), mas levam a relação das personagens a um outro patamar. Pode render coisas interessantes numa quarta parte da franquia (será?).
Alguns buracos no roteiro, como o personagem que promete contar algo a Smith quando ele voltar ao presente mas nem sequer é citado no epílogo, não estragam o bom desenrolar da história.
No geral, o filme é divertido e tem um ótimo ritmo. Como eu disse acima, recupera a dignidade da franquia. Tá bom demais pra uma tarde regada à pipoca e refrigerante.


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