sexta-feira, 1 de junho de 2012

AVENTURA - PARTE 36

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES
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O SENHOR DOS ANÉIS - A SOCIEDADE DO ANEL
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HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN
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ROBIN HOOD
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GLADIADOR
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O LABIRINTO DO FAUNO
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ALICE NOS PAÍS DAS MARAVILHAS 
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BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR
 CRÍTICA: Chega as telas a segunda reinvenção da história clássica de Branca de Neve de 2012. A primeira foi a tentativa de comédia estrelada por Julia Roberts em Espelho, Espelho Meu. Desta vez, o caminho escolhido foi o caminho da aventura.
Nesta versão, Branca de Neve (Kristen Stewart, de Crepúsculo) é a jovem princesa que escapa do cárcere de anos imposto por sua malvada madrasta Ravenna (Charlize Theron, de Monster - Desejo Assassino). Livre, ela conta com a ajuda de um caçador (Chris Hemsworth, de Thor) e mais sete anões para encontrar seu lugar e liderar a revolução que poderá trazer novamente a paz e prosperidade ao reino.
Existem duas maneiras de você encarar Branca de Neve e o Caçador.
A primeira é como uma aventura satisfatória.
Temos muitos efeitos especiais, uma ótima direção de arte (que é o minímo, né?) que cria uma interessante atmosfera dark e mais adulta para a história, sequências de luta bem coreografadas, bastante ação e diversas cenas luxuriantes de magia.
Charlize Theron diverte-se muito como a madrasta malvada (deve ser ótimo interpretar um personagem assim), dominando a tela com seu olhar de ódio. Seus momentos em cenas são os melhores.
Chris Hemsworth também prova que seu carisma não se resume ao Thor, tornando seu caçador um boa-praça e atingindo a dramaticidade necessária quando lhe é pedido.
Os anões cumprem seu papel de trazer algum alívio cômico em suas intervenções. Quando eles aparecem, lá pela metade do filme, é um respiro muito bem-vindo.
Ou seja: muita ação, aventura e algum humor. Olhando desta forma, o filme cumpre seu papel com êxito.
Agora vamos analisar a segunda maneira de encarar o filme.
Não existe absolutamente nada em Branca de Neve e o Caçador que você não tenha visto em outras produções.
Seu visual medieval é igual ao Robin Hood de Ridley Scott, assim como a batalha clímax na praia.
A batalha incial é igual a Gladiador (assim como a já infame "passada de mão no trigo").
Seus monstros são iguais aos vistos em O Labirinto do Fauno (Me pergunto: do que adianta o filme mostrar um mundo mágico e os poderes de Branca de Neve se isso não vai interferir em NADA no andamento da história?)
O espírito da floresta é igual ao patrono do Harry Potter, assim como a criatura do espelho mágico lembra muito um dementador (Aliás, quem sugeriu aos designers do filmes que o espelho deveria ser igual a uma panela gigante de paella?).
Assim como em Alice no País das Maravilhas, Branca de Neve se torna "a escolhida" (por que isso, meu Deus? Por que sempre alguém precisa ser "O escolhido"?).
O grupo de heróis passa por longos planos abertos de caminhada por diversos lugares como em O Senhor dos Anéis.
E o maior de todo os problemas: Kristen Stewart. Vamos aceitar, gente. Ela tem o carisma de uma alface estrelando um filme do Godard.
É ridículo aceitar sequer a possibilidade de que ela seja mais bonita do que Charlize Theron. E quando lhe é exigida dramaticidade, falha miseravelmente. A  cena do discurso (quando ela deve encorajar o povo) é de uma vergonha alheia gigantesca. Se meu reino dependesse dela, eu sairia correndo.
Por fim, quando ela finalmente se encontra com Theron para o duelo final, chega a ser constrangedor como a heroína se apaga. Acabei torcendo pela Madrasta (que aliás recebe uma interessante profundidade dramática no roteiro).
Ou seja, você pode ver o filme ignorando completamente o fato de que ele é uma colcha de retalhos de outras produções e se divertir, ou ficar horrorrizado com isso. Eu me rendi a segunda opção...

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