quarta-feira, 18 de julho de 2012

ANIMAÇÃO - PARTE 21

ROBIN HOOD - O PRÍNCIPE DOS LADRÕES
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IRMÃO URSO
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AVATAR
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VALENTE
CRÍTICA: Uma das coisas mais legais de Valente é que, se você viu o trailer, não tem nenhuma ideia sobre o verdadeiro tema do filme. Me lembrou o trailer de Batman - O Cavaleiro das Trevas, onde víamos o Coringa virando aquele caminhão e pensávamos: "O final deste filme será incrível!". Aí aquela cena vinha no meio e eu pensava: "Oi? Como assim?". É legal quando um trailer consegue nos vender um filme sem contar tudo. Que fique claro: não estou dizendo que Valente é uma obra-prima como The Dark Knight, apenas que fui surpreendido pelo andamento da narrativa. Mas o filme é, sem dúvida, muito bom.
Na trama, a princesa Merida é uma jovem que adora viver aventuras, correr livre e atirar flechas com seu arco. Porém, as tradições (e sua autoritária mãe) estão lhe forçando a se casar com um dos príncipes dos outros clãs. Merida foge, encontra uma bruxa, pede que ela mude seu destino e... bom, aí vem a reviravolta. E eu acho muito mais interessante não contar. Digamos apenas que o principal tema do filme é a relação mãe e filha e que a situação já foi citada numa outra produção Disney (porém aqui sob outro ponto de vista).
Tecnicamente, a Pixar continua incrível. A Escócia criada para o filme é imensa, inóspita, belíssima... e tão escura e cheia de névoa que pode causar certo estranhamento em quem espera o habitual colorido das produções do estúdio. Não vi em 3D, pois estou com certa preguiça do formato, mas não acho que deva fazer muita falta.
Além de surpreender esteticamente por sua escuridão (que contrasta lindamente com os enormes cabelos ruivos da princesa), Valente também inova pelo tom. O filme é, provavelmente, o menos engraçado da história da Pixar, com o tom épico de aventura dominando a tela na maior parte da projeção. Isso não quer dizer, porém, que não exista humor. Os três irmãos menores, a bruxa e o bando de guerreiros estão lá para pontuar muitas situações com ótimas piadas em diversos momentos.
Merida é uma personagem decidida e corajosa, que não fica sentada esperando que um príncipe venha lhe salvar (um ótima exemplo para as meninas de hoje), e sua relação com a mãe é delicada e emocionante, rendendo belos momentos que me deixaram encantado. O clímax do filme também é bastante tenso, contando com o mais assustador urso já visto nas telas. É a Pixar mostrando que sabe ser assustadora quando quer.
Somente o roteiro mostra-se muito simplista em relação aos momentos mais inspirados do estúdio, tornando o andamento da história bem previsível (após a já falada reviravolta).
Se não é uma obra-prima como a trilogia Toy Story, Valente devolve ao estúdio o prestígio perdido com o ridículo Carros 2. Ainda existe espaço no estúdio para produções que não sejam sequências caça-níqueis (muito medo de Universidade Monstros, gente). E isso é um alívio.

Ps: O curta exibido antes do filme, La Luna, é magnífico. Chegue na hora pra não perder!

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