sábado, 28 de julho de 2012

AVENTURA - PARTE 38

BATMAN - O HOMEM MORCEGO
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BATMAN E ROBIN
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NOVA YORK SITIADA
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BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE

CRÍTICA: Batman é meu herói favorito. Creio que seja porque ele não tem super-poderes. Ele é apenas um bilionário com treinamento e brinquedos caros. Deve ser por isso que nos identificamos mais facilmente com ele. O que o difere do Homem-de-Ferro é que, enquanto Tony Stark é um playboy fanfarrão, Bruce Wayne passa-se por isso para proteger suas identidade. Dois ótimos lados de uma mesa moeda. Dito isso (eu queria apenas extravasar meu amor pelo cruzado de capa), vamos ao filme.
Como superar O Cavaleiro das Trevas, considerado por muitos (eu inclusive) o melhor filme de super-herói já realizado? A segunda parte da saga do homem-morcego tem tudo: um roteiro perfeito, ótimas atuações, um diretor (Christopher Nolan) em pleno domínio de seu ofício e, obviamente, a mais emblemática interpretação para um vilão deste novo século: o Coringa de Heath Ledger. Tudo isso rendeu uma bilheteria assombrosa e até mesmo um Oscar de coadjuvante para Ledger (algo raro em se tratando de um "filme de quadrinhos"). Ou seja: o final da trilogia tornou-se um dos filmes mais esperados dos últimos tempos.      
Na trama, passaram-se oito anos dos acontecimentos de O Cavaleiro das Trevas. Batman (Cristian Bale, de... bom... Batman Begins) não existe mais, e Gotham vive tempos de paz após uma lei inspirada por Harvey Dent (morto no segundo filme). Mas a chegada de um mercenário com um plano terrível, Bane (Tom Hardy, de A Origem) e uma ladra com hábitos "felinos (Anne Hathaway, de O Casamento de Rachel) farão o herói sair da aposentadoria para um último conflito. Do lado da lei, Batman conta agora, além do Comissário Gordon (Gary Oldman, de Drácula de Bram Stocker), com o jovem policial Blake (Joseph Gordon-Levitt, de 500 Dias com Ela) e a executiva Miranda Tate (Marion Cotillard, de Piaf - Um Hino ao Amor).  Parecem muitos personagens novos, não é? E são mesmo. Mas não se preocupe, porque o roteiro do filme é excepcionalmente bem sucedido em dedicar tempo e desenvolvimento para todos eles (algo permitido também pela duração do filme: são 160 minutos que parecem durar meia hora, tamanho o ritmo da película). Após The Dark Knight, Nolan teve carta branca para encerrar sua trilogia como quisesse, e aproveitou muito bem essa oportunidade. O filme exala urgência e drama numa escala épica, levando Bruce Wayne a lugares obscuros e forçando-o a, mais uma vez, encarar seu passado.
Ah, o passado. Ninguém deveria assistir este filme sem antes rever os outros dois. Assumidamente um capítulo final, O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um presente para os fãs, amarrando pontas soltas e utilizando-se de detalhes que estarão fresquinhos na sua cabeça se você fizer a revisão. Para mim, foi um prazer extra.
O elenco do filme continua ótimo, valendo destacar suas novas adições. Tom Hardy está imenso e assustador como Bane, passando toda a raiva e loucura da personagem apenas com o olhar. Seu porte físico e interpretação nos convencem de que existe alguém capaz de vencer Batman tanto no quesito "intelecto" quanto no quesito "físico". Gordon-Levitt é puro carisma como o policial Blake, criando uma espécie de relação "mentor-aprendiz" com Batman. Marion Cotillard podia ter mais tempo em cena e, embora tenha extrema relevância para a trama, só ganha seu devido espaço no último ato. Já Hathaway põe abaixo qualquer lembrança da Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer (em Batman - O Retorno) e cria uma ladra sexy, carismática, engraçada e de caráter duvidoso. Um espetáculo.
Nolan achou tempo até mesmo para homenagear a antiga série de tv dos anos 60, fazendo seus vilões interromperem seu planos para explicar suas intenções ao herói na hora "H". Uma referência deliciosa.
Como eu já disse, este é o último capítulo de uma mesma história. E a forma como Nolan encerra sua saga é triunfante. Ação, drama, aventura e suspense levam o herói mascarado ao seu derradeiro destino. Após tanto sofrimento, Batman finalmente entende seu real significado e fará de tudo para salvar o povo de Gotham. É um clímax grandioso que nunca deixa de lado os pequenos momentos de seus personagens.
É de impressionar que um filme caríssimo com esse encontre tempo de criar momentos extremamente dramáticos como o diálogo entre Wayne e o mordomo Alfred (Michael Caine, de A Origem) na escadaria da mansão. É lindo de se ver.
Se é o melhor dos três? Isso cada um vai decidir por si só. Eu saí do cinema impressionado, certo de que esta é a melhor saga de um super-herói já contada nas telonas. Uma trilogia que deve entrar para a história como a mais perfeita do gênero.
Aproveite. Vá ao cinema e participe deste momento.








Um comentário:

  1. opiniões apaixonadas são as melhores porque:
    i. sempre são absurdamente verdadeiras,
    ii. rendem textos lindos como este.

    Rica.

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