sexta-feira, 24 de agosto de 2012

MUSICAL - PARTE 09

SHOWGIRLS
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HAIRSPRAY
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DETROIT ROCK CITY
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ROCK OF AGES
CRÍTICA: Eu adoro musicais. E me irrita profundamente quando as pessoas ficam reclamando que "vai começar outra música?". É a mesma coisa que assistir um filme de ação e dizer que "vão explodir outro prédio?". Eu sei que o gênero causa amor e ódio com a mesma proporção, mas a lição é simples: se você não gosta de musicais, não vá assisti-los. Será melhor pra você e para quem está lá para se deleitar com o gênero (como eu). Dito isso, posso começar afirmando que Rock of Ages não é nenhum deleite para os fãs do gênero.
Na trama, passada em 1987, a jovem Sherry (Julliane Hough, do... reality-show Dancing With the Stars) chega de Oklhoma em busca da fama. Logo arranja emprego no mais famoso bar de rock da cidade, o Bourbon Room. Lá ela vai encontrar o amor na figura do jovem Drew (Diego Boneta, da versão original de Rebelde) e conhecer o astro do rock em decadência Stacee Jaxx (Tom Cruise, de Missão Impossível). Enquanto isso, a esposa do prefeito de Los Angeles (interpretada por Catherine Zeta-Jones, de Chicago) tenta banir o rock das ruas para "salvar a juventude" do pecado.
A trilha musical do filme (que é baseado no musical da Broadway com o mesmo nome) é toda composta por canções já existentes (Don't Stop Believing, More Than Words, Can't Fight This Feeling... e por aí vai), o que cria uma identificação imediata de platéia. Afinal, conhecer as músicas nos permite cantarolar, baixinho, junto com as personagens.
O maior problema de Rock of Ages é seu roteiro fraquinho. O drama do casal central (Sherry e Drew) nunca nos convence de verdade, fazendo com que não nos importemos com eles. O desempenho meia-boca do casal também não ajuda muito... Isso me faz lembrar daquele casal de jovens chatinhos do filme Sweeney Todd, do Tim Burton (I feeeeeeeeeel you, Jhoanna...). O arco da personagem moralista de Zeta-Jones também é muito mal explorado, apesar do ótimo desempenho da atriz (sua cara de maluca é impagável). Por isso, sobra espaço para que coadjuvantes como Alec Baldwin (Simplesmente Complicado), Russell Brand (Arthur - O Milionário Irresistível) e Paul Giamatti (Tudo Pelo Poder) brilhem em excelentes interpretações. Normalmente acho Russell Brand um chato, mas aqui ele parece estar no seu elemento.
Porém, se existe um trunfo no filme ele atende pelo nome de Tom Cruise. Seu Stacee Jaxx é uma figura excêntrica e lesada sem perder o carisma. E Cruise manda ver nos momentos musicias. Sua jornada de auto-descoberta acaba sendo a melhor trama do filme.
Mas o filme ainda tem muita diversão. Os anos oitenta são homenageados/parodiados na ótima direção de arte, nos figurinos e até na febre das boy-bands.
Dá pra se divertir. Mas eu repito: se você não gosta de musicais, FIQUE EM CASA!

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