segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AÇÃO - PARTE 14

A IDENTIDADE BOURNE
+

LIMITE VERTICAL
+

MATRIX
=

O LEGADO BOURNE
CRÍTICA: Imagine um filme da série Piratas do Caribe sem o Johnny Depp. Ou um filme da série Corra Que a Polícia Vem Aí sem o Leslie Nielsen.Ou um filme da série Alien sem Sigourney Weaver (opa... já fizeram isso...). São séries cinematográficas amparadas 90% no carisma de seus personagens e intérpretes. Os produtores de Hollywood deviam saber que certas franquias precisam ficar quietas... ainda mais quando seus protagonistas se recusam a voltar. Talvez eles aprendam isso com O Legado Bourne.
No filme nós descobrimos que Jason Bourne não era o único experimento criado pela tal Operação Treadstone. Existem outros, entre eles Aaron Cross (Jeremy Renner, de Os Vingadores). Quando todos estes agentes começam a morrer, ele resolve pedir ajuda da Dra. Marta Shearing (Rachel Weisz, de O Jardineiro Fiel)  que também está correndo perigo. Juntos, eles tentarão sobreviver. No seu encalço está o Coronel Eric Byer (Edward Norton, de A Outra História Americana).
O roteiro é inacreditavelmente confuso. Um monte de informações técnicas sobre a tal Operação Tredstone se acumula na tela durante a primeira hora de projeção enquanto nada efetivamente acontece com as personagens (até agora eu não entendi porque manter o agente Cross por tanto tempo naquela montanha).
Quando o blá-blá-blá diminui e acontece alguma ação, eu já me vejo completamente desinteressado nela.
Apesar dos ótimos atores, não rola química ALGUMA entre Renner e Weisz, o que compromete muito nossa identificação e torcida pelas personagens. Já Norton também não contribui muito, visto que sua personagem nunca deixa seu edifício de operações e nunca soa como uma ameaça real ao casal.
Cenas de ação genéricas (corrida por telhados? perseguição de motos?) também não empolgam em nenhum momento e comprometem todas as lembranças que podemos ter da trilogia original.
Nem mesmo o surgimento de um "super-assassino" no clímax do filme consegue empolgar (Aliás, naquele momento nada mais importa). O personagem vem do nada e vai para lugar nenhum mesmo...
É de espantar que o  roteirista da trilogia Bourne original e diretor do ótimo Conduta de Risco (filme de conteúdo igualmente político) consiga um resultado tão besta ao assumir a franquia.
Somando tudo isso, temos um filme de duas horas e quinze minutos que parece durar quatro horas e que, ainda por cima consegue ter um final abrupto. Aliás, seu epílogo parece saído de um episódio de As Panteras.
O fracasso de bilheteria do filme provavelmente deixará Bourne em paz por algum tempo. Mas cuidado... sua franquia favorita pode voltar para te assombrar a qualquer momento. Quem sabe um Tira da Pesada sem o Eddie Murphy? Ou um Duro de Matar sem o Bruce Willis? Ou um Indiana Jones sem o Harrison Ford? Em Hollywood, o pior é sempre uma possibilidade...

Nenhum comentário:

Postar um comentário