terça-feira, 25 de setembro de 2012

COMÉDIA - PARTE 55

BRINQUEDO ASSASSINO
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JACK FROST
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QUEM VAI FICAR COM MARY?
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TED
CRÍTICA: No final dos anos 90 o mundo das comédias tomou uma bela sacudida com o sucesso acachapante de Quem Vai Ficar Com Mary?, dirigido pelos Irmãos Farrelly. Voltada para o público adulto e sem medo de piadas grosseiras, a produção arrecadou uma fortuna e virou referência de humor. Mas o tempo passou e os Farrelly amoleceram (seu último filme, Os Três Patetas, nem tem data por aqui). Na última década o cetro do politicamente incorreto foi assumido por Seth MacFarlane, criador das séries animadas Family Guy, American Dad e The Cleveland Show. E Ted é sua estreia no mundo do live-action.
Na trama, John (Mark Wahlberg, de Boggie Nights) tem 35 anos e vive com seu ursinho, que ganhou vida graças a um desejo feito aos oito anos de idade para uma estrela cadente. O problema é que Ted (interpretado pelo próprio MacFarlane através de motion-capture) é beberrão, vive chapado e tem uma queda por prostitutas, o que põe em cheque a relação de John com a namorada Lori (Mila Kunis, de Cisne Negro... e que dubla a Meg em Family Guy). Agora ambos terão que amadurecer para que a relação de John e Lori seja preservada.
Ted é um personagem muito carismático, e nem preciso discutir aqui que a tecnologia que dá vida ao ursinho é perfeita (desde o Gollum de O Senhor dos Anéis a técnica de motion-capture melhora cada vez mais).
Sua relação com o personagem de Wahlberg é sempre autêntica, levando-nos desde o início a acreditar naquela amizade de "garotos crescidos". O roteiro não faz grandes elocubrações sobre como Ted ganhou vida, e o filme só tem a ganhar com essa naturalidade.
Porém, é no humor que Ted tem seu grande trunfo. As piadas vão do humor politicamente incorreto dos diálogos, passando pelo escatológico até o absurdamente idiota. Posso afirmar que Ted é, basicamente, um episódio esticado de Family Guy. Temos flashbacks bizarros, referências diversas a cultura pop de ontem (Flash Gordon!) e de hoje (Kate Perry!), alguma nojeira, MUITA nerdice, participações especiais inesperadas e até mesmo uma cena que homenageia as clássicas lutas de Peter Griffin com o homem vestido de galinha. MacFarlane se dá ao luxo até de parodiar Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu. Ou seja: ele parodia uma paródia. Genial!
Somente no terceiro ato o humor sai um pouco de cena para termos uma dose de suspense. Mas é bem pouco, não se preocupe...
Ted é um sucesso acachapante de bilheteria e já tem uma continuação prometida para breve. Que MacFarlane não amoleça e deixe de nos surpreender com suas grosserias chocantes... Se bem que, pelo que temos visto em 11 anos de Family Guy, eu não me preocuparia.


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