terça-feira, 6 de novembro de 2012

COMÉDIA - PARTE 56

STRIPTEASE
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BURLESQUE
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OU TUDO OU NADA
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TRAFFIC
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MAGIC MIKE
CRÍTICA: Quando alguém cita filmes sobre strippers, a primeira coisa que me vem na cabeça é a bomba Striptease, mastodôntico e vexatório filme estrelado por Demi Moore em 1996. Porém, é inegável que este universo atrai grande curiosidade, e por isso o tema está sempre de volta as telas. Desta vez, sob a batuta do diretor Steven Soderbergh (Traffic, Onze Homens e Um Segredo).
Na trama,  Mike (Chaninng Tatum, de Anjos da Lei) é um rapaz que, em meio a recessão, tem diversos empregos enquanto tenta juntar dinheiro para realizar seu sonho de abrir uma loja de móveis sob encomenda. Um destes empregos é como "Magic Mike", personagem de um clube de mulheres. Ele conhece o o jovem Adam (Alex Pettyfer, de Eu Sou o Número Quatro) e lhe introduz neste mundo onde a grana e as mulheres vem, aparentemente, com facilidade. A amizade levará Mike a conhecer a irmã de Adam, Broke, e a reavaliar suas perspectivas de vida.
A fauna do clube tem ainda o chefão Dallas (Matthew McConaughey, de Tempo de Matar), Big Dick Richie (Joe Manganiello, de True Blood), Ken (Matt Bomer) e Tito (Adam Rodriguez), cada um encarnando um tipo diferente de "homem-fantasia".
O mais curioso do roteiro é que ele é inspirado na vida do próprio Tatum, que foi stripper antes de virar ator. Claro que algum produtor logo quis levar essa história para as telas. No roteiro, o personagem Adam é que representa Tatum, mostrando seu período de novato.
A trama é rala, resvalando em diversos clichês de filmes de superação e "amizade masculina".
O que conta aqui é o espetáculo. E é um espetáculo para um público específico.
As cenas de apresentação do clube se encarregam de exibir em diversos detalhes os musculosos e bem-definidos corpos do elenco principal, sempre relacionando-os com algum fetiche clássico (bombeiros, soldados, policiais...).
Tatum mostra um requebrado impressionante e o resto do elenco não fica atrás neste quesito.
No quesito atuação, o elenco entrega o básico. Tatum está muito simpático e até convence nos momentos dramáticos, enquanto Pettyfer entrega uma boa performance como o novato deslumbrado. Quem dá show é McConaughey, exercitando sua canastrice como nunca e divertindo-se a valer.
O filme só peca no último ato, quando a história torna rumos muito dramáticos. Felizmente a conclusão não é moralista, o que tornaria o filme insuportável.
Até lá, a diversão está garantida, para o deleite de seu público-alvo.
Ou seja: Chame uma turma de amigas/amigos gays e prepare-se para duas horas de risos, gritinhos e sacanagem. Mas deixe o coitado do seu namorado hétero em casa...

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