sábado, 10 de novembro de 2012

SUSPENSE - PARTE 14

MERA COINCIDÊNCIA
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OS MERCENÁRIOS
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NUNCA SEM MINHA FILHA
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ARGO
CRÍTICA: Algumas histórias reais são tão impressionantes que parecem ter saído da mente do mais maluco dos roteiristas. Fatos incríveis como os contados em produções como Apollo 13 ou A Lista de Schindler nos encantam não somente pela qualidade dos filmes, mas também pelo famigerado "baseado numa história real". E Argo entra gloriosamente nesta lista.
Em 1979, a embaixada americana no Irã foi invadida e todos os funcionários foram feitos reféns. Seis deles escaparam e se refugiaram na casa de um diplomata canadense. Conforme as semanas passavam, tirá-los de lá com vida mostrava-se cada vez mais difícil e imprescindível. É quando o agente especialista em extratificação Tony Mendez (Ben Affleck, de Gênio Indomável, e também diretor do filme) surge com uma ideia maluca: criar uma falsa equipe de filmagem para ir até lá e remover os reféns. Se forem pegos, todos serão mortos.
O elenco está ótimo. Bryan Cranston (da série Breaking Bad), Alan Arkin (Pequena Miss Sunshine) e John Goodman (O Grande Lebowski) brilham em ótimos papéis, enquanto Affleck conduz a história com grande segurança e eficiente dramaticidade.
A interessante fotografia faz com que o filme pareça ter sido feito nos anos 70, o que contribui para a verossimilhança da situação.
O roteiro encadeia de maneira extremamente eficiente toda a criação do filme falso (uma ficção-científica que copia descaradamente Star Wars chamada Argo) até a operação de resgate dos reféns.
Alguns momentos de leveza surgem quando a futilidade hollywoodiana vem para primeiro plano (principalmente na primeira metade de filme), mas sempre somos lembrados de que o relógio está correndo e a vida daquelas pessoas está em risco.
Affleck (um ator, em geral, de uma notória canastrice) já mostrou potencial como diretor em Medo da Verdade, e aqui se consolida como alguém com grande domínio do ofício. A condução da história é segura, bem encadeada, tensa e nos conduz de maneira habilidosa até seu terceiro ato (a fuga em si), que me levou a ficar na ponta de cadeira de tanto nervosismo. Simplesmente eletrizante!
Argo é um suspense extremamente bem orquestrado e já o considero um dos melhores filmes do ano. E o selo "baseado numa história real" torna a experiência ainda mais sedutora.

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