sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

AVENTURA - PARTE 39

O SENHOR DOS ANÉIS - A SOCIEDADE DO ANEL
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INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO
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BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES
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DR. DOLITTLE
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O HOBBIT - UMA JORNADA INESPERADA
CRÍTICA: Eu não sou um grande entusiasta da trilogia O Senhor dos Anéis. Vi todos no cinema, e acho que tem seu valor incontestável como narrativa cinematográfica. Também entendo porque tanta gente ama a história. Comigo, porém, não houve uma conexão como a que rolou com, por exemplo, Harry Potter. E não quero dizer que um é melhor que o outro. É pessoal. Então leiam este texto sabendo que também não li O Hobbit, mas fui de coração aberto para a sessão.
A história se passa antes da trilogia do Anel, e conta como o jovem Bilbo Bolseiro (Martin Freeman, da série de tv Sherlock e do filme O Guia do Mochileiro das Galáxias) se envolve numa aventura com um grupo de 12 anões e o mago Gandalf (Ian McKellen, da série original) para enfrentar um terrível dragão. Para isso, eles irão passar por inúmeros perigos.
A Terra-Média volta às telas de maneira esplendorosa. Peter Jackson (diretor da trilogia original) usa todos os recursos tecnológicos possíveis para criar um mundo espetacular. E no 3D, enche os olhos. Valefenda nunca esteve tão linda.
Não vi no comentado formato de 48 quadros por segundo, então não posso comentar sobre isso.
O elenco merece alguns destaques. Martin Freeman está perfeito como Bilbo. Grande ator e comediante inglês, ele cria nuances e cacoetes que tornam o personagem imensamente cativante. McKellen também está se divertindo mais, já que nessa história Gandalf está menos sério.
O grupo de anões é... bom... imenso. Na verdade, acho que isso acarreta um dos defeitos do filme. São muitos personagens, e o roteiro não dá conta de nos fazer conhecer as particularidades de cada um. Somente o herdeiro do trono, Thorin (Richard Armitage), ganha mais destaque. É complicado identificá-los durante as cenas de luta, e isso gera uma sensação ainda pior: se não os identifico, por que devo me importar com eles?
A forma como o roteiro se desenvolve também me incomodou. As cenas de aventura se sucedem numa estrutura tão claramente episódica que dá a impressão de que estamos vendo uma costura de contos, não uma narrativa única. E quase todas terminam da mesma maneira: no último instante aparece Gandalf, faz uma mágica... e  salva todo mundo.
Sem contar que, no seu clímax, as cenas adquirem um caráter tão cartunesco que não existe nenhuma presença de perigo real ameaçando a trupe. Sem isso, não existe suspense. E aí não existe emoção.
A longa duração (165 minutos) também causa a impressão de que todas as cenas podiam ser mais curtas. O filme ganharia em ritmo sem perder nenhum momento importante (essa versão poderia vir no blu-ray do filme).
Mas temos ainda um visual de cair o queixo, a volta do Gollum (todo mundo no cinema se alegrou nessa hora) e de outros membros do elenco original, além de muito mais humor.
Ou seja: o filme é divertido e vale o ingresso, mas tenho medo que Jackson tropece na própria ambição. Ainda temos dois filmes e eu tenho a impressão de que não tem história pra isso. Torço pelo contrário.


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