quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

DRAMA - PARTE 32

A RECONQUISTA
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O FRANCO ATIRADOR
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O HOMEM DE PALHA
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O MESTRE
CRÍTICA: Os filmes do diretor Paul Thomas Anderson mexem comigo. Não existe um filme dele  (Boggie Nights, Magnólia, Embriagado de Amor e Sangue Negro)que não me faça deixe completamente impressionado. Por isso, a expectativa para O Mestre era muito alta.
A trama acompanha Freddie Quill (Joaquin Phoenix, de Johnny e June), um soldado completamente sem rumo nos EUA pós-Segunda Guerra Mundial. Traumatizado, perturbado e sem perspectiva de emprego, sua vida dá uma virada quando ele conhece Lancaster Dood (Philip Seymor Hoffman, de Capote). Dood é líder de um culto que prega suas crenças sobre seres interplanetários, viagens de consciência através do tempo e outras coisas. A relação que surge entre os dois é de fascínio, dependência e respeito.
Quando o filme foi anunciado, sabia-se que Thomas Anderson iria investigar as origens da Cientologia (religião que tem muita força em Hollywood e possui em Tom Cruise seu maior propagandista). Mas o filme não fica nisso, aprofundando-se mais nas nuances da criação de um culto.
O maior trunfo do filme é, sem dúvida, a dupla de protagonistas.
Phoenix está literalmente deformado. Sua composição traz a tona toda a bagunça que é o interior de Quill, um jovem que não sabe o que fazer e acaba deixando-se levar pelo carisma de Dood sem questionamentos.
Hoffman é uma bomba-relógio. Seu Dood é simpático, carismático, mas sempre podemos perceber que ele, na verdade, está prestes a explodir. E quando isso acontece temos alguns dos melhores momentos do filme.
As cenas com os dois são espetaculares de acompanhar. Sejam os estranhos testes aos quais Quill é submetido, ou conversas que aparentam ser prosaicas. Faíscas saltam em cada um destes confrontos.
Infelizmente o filme todo não mantém essa energia. Em determinado ponto percebemos que, efetivamente, não tem muita coisa acontecendo na história. E que os personagens, apesar dos intérpretes, não parecem ir para lugar nenhum. E o final só corrobora isso.
É uma pena. Maravilhosamente dirigido e fotografado (alguns momentos são imensamente poéticos e chocantes), o filme acaba sendo desinteressante.
Até a sempre ótima Amy Adams (Dúvida) aparece sem grande destaque.
Vale a pena pelo espetacular duelo de atores.
E vindo de Paul Thomas Anderson, é realmente muito pouco.

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