sábado, 9 de março de 2013

AVENTURA - PARTE 42

O MÁGICO DE OZ
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ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
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BATMAN BEGINS
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OZ - MÁGICO E PODEROSO
CRÍTICA: Oz - Mágico e Poderoso é um filme que parte de um conceito estranho. É um prelúdio de O Mágico de Oz, mas é contratualmente proibido de citá-lo, baseando-se exclusivamente (pelo menos é o que dizem) nos escritos do autor L. Frank Baum.
A trama acompanha o mágico Oscar (James Franco, de 127 Horas), charlatão que se apresenta em feiras do interior até que um furacão leva-o para a terra de Oz. Ele então é aclamado como o Mágico que irá salvar o lugar da Bruxa Má e, seduzido pela ideia de ser rei, vai metendo todos nas suas mentiras. Ele precisa ainda descobrir qual das três bruxas existentes é a verdadeira Bruxa Má. São elas Theodora (Mila Kunis, de Cisne Negro), Evanora (Rachel Weisz, de O Jardineiro Fiel) e Glinda (Michelle Williams, de Namorados Para Sempre).
O filme segue a trilha criada pelo Alice de Tim Burton, utilizando muitos efeitos especiais para criar um mundo de visual estranho e beleza deslumbrante. Felizmente neste caso o roteiro não sofre do mesmo mal da horrenda aventura que transformou Alice numa líder de exército (?).
O diretor aqui é Sam Raimi (da trilogia Homem-Aranha), e essa informação pode surpreender quem conhece o estilo do diretor. Mesmo na saga de Peter Parker podia-se perceber a mão do cineasta, utilizando sua câmera incomum, irriquieta e edição alucinante. Aqui prevalecem planos abertos, lentos e majestosos (afinal, o público precisa fazer "oooooooh").
O grande trunfo do filme acaba sendo seu elenco. Franco conduz a história com uma deliciosa performance ao estilo "charlatão carismático" (lembra Johnny Depp em alguns momentos) e cativa desde a primeira cena (o prólogo em preto-e-branco é uma obrigatório referência).
As bruxas também entregam ótimos trabalhos. Mila Kunis transita com grande tranquilidade entre os aspectos fofos e ameaçadores que sua personagem pede, cativando mesmo sob pesada maquiagem. Rachel Weisz é elegante e maléfica até o último fio de cabelo. Michelle Williams faz de sua Glinda uma personagem que escapa do "tolamente boazinha", apresentando momentos até sombrios.
Sobram elogios também para personagens digitais como o macaco alado e a boneca de porcelana, adoráveis desde a primeira aparição.
O 3D do filme me soa como um retrocesso, visto que serve basicamente para atirar coisas na platéia e dar sustinhos. Se você gosta deste 3D "parque de diversões" terá um prato cheio.
Divertido, bonito e bem interpretado, o filme é ainda uma festa para os fãs do clássico O Mágico de Oz, lotando a película de referências (o clímax, nesse sentido, é delirante). Até me pergunto se a tal "questão contratual" não dará alguma dor de cabeça para a Disney...
O filme só perde um pouco do encanto quando você lembra, como citado lá no começo, que se trata de uma obra do mesmo diretor de A Morte do Demônio, Darkman e da próprio Homem-Aranha.
Oz - Mágico e Poderoso parece ter sido dirigido por qualquer um. Eficiente, mas sem o brilho que se espera de um cineasta com uma assinatura tão particular.

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