domingo, 12 de maio de 2013

TERROR - PARTE 20

SEXTA-FEIRA 13
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NECRONOMICON - O LIVRO PROIBIDO DOS MORTOS
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O CHAMADO
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EVIL DEAD - A MORTE DO DEMÔNIO
CRÍTICA: A Morte do Demônio é um filme seminal do terror lançado em 1981. O então jovem diretor Sam Raimi (que depois faria, entre outras coisas, a trilogia Homem Aranha e o delicioso Arraste-me para o Inferno) criou um clássico do gênero com pouco dinheiro, muita criatividade e litros de sangue falso. O filme ainda é uma referência quando se fala de movimentos alucinados de câmera (que viraram marca do diretor) e produções que misturam humor e violência. Pois eis que anunciaram um remake do filme (medo!) produzido pelo próprio Raimi (esperança?) e dirigido por um uruguaio chamado Fede Alvarez (que bombou na internet com o curta Ataque de Pânico!. Não viu? Tá aqui).
A trama é basicamente a mesma: grupo de jovens vai para uma cabana no meio do nada. Quando um deles lê um antigo livro libera um mal ancestral. Esse ser demoníaco vai possuir cada um deles numa verdadeira orgia de violência.
A diferença mais clara estabelece-se rapidamente pela ausência do humor. O motivo da viagem do grupo já dá um tom mais pesado: eles estão ali para ajudar uma amiga que está em processo de "detox" (eles não vieram para transar no meio do mato). A pobre coitada é a primeira a sofrer os efeitos da tal criatura demoníaca e ninguém acredita nela ("Ela está delirando pela falta das drogas!" - diz a amiga enfermeira).
Com a retirada do humor grotesco, resta o choque da violência. E este Evil Dead conta com toda a violência que um filme censura 18 anos pode ter. Optando basicamente por efeitos práticos, Alvarez enche a tela com mutilações, feridas e extirpações coloridas e agoniantes. Algumas cenas são absurdamente chocantes e podem ofender almas mais sensíveis.
Várias referências ao original são feitas durante o filme, sendo algumas de maneira mais direta (reproduzindo cenas inteiras) e outras mais sutis. Todas farão a festa dos fãs. Os mais atentos ainda perceberão que na verdade trata-se de uma continuação, não de um novo início (o carro de Ash, herói do original, está lá!).
O crescendo de exagero é tanto que, ao final, o humor finalmente aparece (provavelmente nunca se usou tanto sangue falso em um filme desde a cena do elevador de O Iluminado). É quando os momentos mais esperados pelos fãs chegam e a platéia delira ao som de um motosserra.
É sentida apenas a falta de um personagem marcante como o Ash (Bruce Campbell) da trilogia original. O elenco dá conta do recado direitinho, mas sem relevo.
Reverenciando o original e expandindo a sua mitologia, A Morte do Demônio resulta num filme absurdamente divertido. E não saia do cinema até o fim dos créditos. Raimi guardou uma surpresinha...


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