
PRESENTE DE GREGO

GRITOS E SUSSUROS

PATRIK 1,5

Qualquer lugar que produza muito cinema vai produzir também muita porcaria. Por isso, somos soterrados pelo chamado "lixo americano". Isso não significa que o país de origem seja um selo de qualidade. Já vi muitas bombas do cinema francês, inglês, argentino...
O que me leva ao filme de hoje: o sueco Patrik 1,5.
Na trama, O casal gay formado por Goran (Gustav Skarsgard) e Sven (Torkel Petersson) consegue autorização para adotar uma criança. Logo recebem a notícia de que Patrik, de 1,5 anos, chegará. Porém, quando Patrik (Thomas Ljungman) chega, o casal descobre que houve um erro e receberam uma criança de 15 anos, não 1,5. E ainda por cima ele é homofóbico.
O que se segue é a cartilha de praxe deste tipo de filme. Eles tentam devolver a criança, que age como um revoltado. Sven bate de frente com o garoto, enquanto Goran é mais maternal e quer o melhor para todos. Algumas brigas e discussões ... bem, você já sabe como essa história acaba.
Patrik 1,5 é uma delícia de assistir. A direção de arte evoca um subúrbio alegre e pacato, e é interessante observar como essa família disfuncional ali se encaixa.
O trio de atores principal tem grande sintonia e atinge ótimos momentos de humor e dramaticidade.
O filme, inclusive, apresenta cenas que mostram clichês e logo em seguida lhes dá uma leve subvertida, garantindo alguma novidade.
Um filme sobre paternidade mais do que sobre homossexuais e seu direito a adoção.
Mas não ousa em nenhum momento. E se é bom, é porque é feito com talento e trabalho. Não porque é sueco. E é disso que eu falava ali em cima.
adoro o Presente de Grego!
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